Vamos deixar cada coisa em sua época?

Daphne Blaskoski
2 min readAug 26, 2015

Quando eu era criança, assistia um desenho chamado “Du, Dudu e Edu”.
Para minha surpresa, hoje eu acho horrível!

Du, Dudu e Edu era muito divertido. Uma história de 3 irmão e sua turma, que tinha um menino que tinha como melhor amigo um pedaço de madeira com um rosto desenhado, o Plank. Foi um dos meus desenhos preferidos por muito tempo. Passado alguns anos, descobri que o mesmo desenho passava no Cartoon Network e decidi assistir naquela emoção de voltar a me sentir criança outra vez. Para minha surpresa, achei o desenho horrível! Chato, idiota e meio nojento. Como eu podia gostar tanto naquela época?

Foi então que eu me dei conta de que isso acontece com muitas coisas na vida.

Com as roupas, por exemplo, é muito claro. Apesar de a moda influenciar, quantas vezes não encontramos uma peça antiga e não entendemos como fomos capazes de usá-la? Aquele amorzinho platônico de infância também pode virar um chato se a gente parar pra pensar nas atitudes que ele tinha.

É claro que nem sempre é assim e pode acontecer o inverso. Às vezes bato o olho em alguém e digo que nunca vou suportar aquela pessoa e em 2 semanas somos melhores amigos. Mas eu tô falando aqui das coisas preferidas desde o 1º olhar, aquelas que a gente já defendeu com unhas e dentes e “ai de quem” falasse mal.

O fato é que algumas coisas são especiais em determinados momentos da vida e depois passa. Seja por maturidade, emoções ou sei lá, mas é importante deixar que tenham esse papel especial naquela época específica.
Afinal, usar calça pantalona amarela, com sapato plataforma e mini blusa em 2015 não parece muito normal, né!? Du, Dudu e Edu foi muito divertido quando eu tinha 7 anos e ainda poderia ser , mas alguma coisa mudou e não é mais. E eu não deveria tentar fazer com que seja. Às vezes nem é bom revirar pra não estragar, sabe!? Foi bom, valeu a pena e fez uma época da minha vida mais feliz.

Então, quer uma dica? Deixa a calça pantalona amarela nos anos 70, o amorzinho platônico na infância e tudo o que já foi bom um dia, ser bom no dia que foi.

Curte a nostalgia e dá valor para o que hoje te faz feliz.

--

--